Marcado para começar às 22:00, a apresentação teve apenas 5 minutos cravados de atraso, começando com um apresentador em "off", ao estilo luta de boxe, anunciando a entrada de Mr. Plant ao palco, para a felicidades de alguns jovens e o delírio exagerado de uma quantidade enorme de coroas apaixonados por uma banda que foi um marco na historio mundial do rock.
Com uma mistura de do melhor de suas influências musicais, desde o blues do Mississippi, passando pelos primórdios do rock, até aos sons africanos; as músicas entoadas pela banda, The Sensational Space Shifters, essa, afinadíssima, não "deixava a peteca cair". O perfeito entrosamento dos instrumentistas com seu líder vocal era tamanho, que as músicas maravilhosas eram "arremessadas" para os nossos ouvidos com muita sutiliza e uma homogenia muito interessante de sons, que fez com que o tempo passasse voando.
Não faltaram, obviamente, clássicos do Led, como, por exemplo, "Ramble On", " Going to California" e "Black Dog", com Plant detonando na voz - claro, com alguns alcances bem moderados-, mostrando que soube a preservar muito bem durante esses anos de estrada, deixando como um tipo de brinde final para a platéia, que a essa altura já estava bastante emocionada, uma pedrada chamada, literalmente, de "Rock and Roll". A comoção foi geral.
Depois de 16 anos sem tocar no Brasil - a primeira foi em 94, no festival Hollywood Rock, na Apoteose; depois em 96, no mesmo festival e no mesmo local, mas, dessa vez, acompanhado de Jimmy Page, a lenda da guitarra do Zeppelin-, Robert mostrou graciosamente que voltou com um gás renovado, típico de um mestre, mostrando para muita bandinha adolescente por ai, que ainda vão precisar comer muito arroz e feijão para, se quer, chegar a um centésimo, algum dia, do que Robert Plant é e sempre será.
Robert Plant e The Sensational Space Shifters tocam ainda no Brasil nos dias 20 (BH), 22 (SP), 25 (Brasília), 27 (Curitiba) e 29 (Porto Alegre) de Outubro.
SRZD
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